segunda-feira, 28 de maio de 2012

Manuela faz seu batismo navegando com 51 dias

Ola amigos,
Pois é já estava na hora da Manuela voltar a sentir aquele balancinho que só a barriga da Mãe oferece. E foi como programado, depois de dois finais de semana na estrada, chegou a hora da Manu dar sua primeira velejada fora da barriga, porque dentro ela ja o fez!
Um final de semana com previsão de sol e forte ventos soprando do quadrante norte, nordeste. Saímos rumando para o Norte, a idéia era fazer uma navegada até Ubatuba para pernoitarmos na Ilha Anchieta, um trecho de mais ou menos 51 milhas entre ida e volta. Manuela estava fazendo 51 dias então tive essa idéia, que por sinal não foi bem aceita pela sua pediatra. rsrsrsrsrs Bom saindo da poita depois de toda aquela mudança embarcada, rapidamente, mudei o rumo para Sul. Como a previsão a noite eram ventos na casa dos 20 nós soprando de leste, nordeste, resolvi rumar para Barequeçaba que oferece abrigo para esses ventos,e  possui uma tensa (fundo) muito bom para ancoragens, com profundidades entre 2 e 3 metros. Ancora na agua depois de decermos  o canal de São Sebastião a 7 nós apenas com uma buja na proa e ventos de alheta. Manuela não é fraca não!!!! Para jantar Mirella havia levado arroz e feijão prontos de casa, colocamos apenas um nuggets no forno e pronto. Camo o vento soprava forte, fiquei acordado até umas duas horas da manhã acompanhando o movimento do Gameio dando bordos de um lado para o outro velejando sobre a âncora. Uma noite linda bem estrelada e Manuela se comportando muito bem, parece que além de gostar do balanço do barco, gostou muito do seu interior, o teto branco e baixo. Acredito que o bebe deve se sentir mais protegida e aconchegada nestas condições.
Acordei cedo por volta de 6:30 e fui apreciar a linda manhã de sol, que acabava de começar, prometendo um "dião". Logo pela manhã Luis e Gi foram andar na praia e logo trocamos um tchauzinho de longe. Antes do almoço vieram a bordo e tomamos umas caipirinhas, assando umas linguiças Sadia no cockipit no Gameio, nada mal. Umas 14hs resolvemos ir embora, pois era domingo ainda teríamos que descarregar toda aquela mudança levada a bordo enfim. Imaginei que a âncora estaria bem enterrada depois de quase 20hs de ventos. Comecei lentamente puxando uns 15 metros entre cabo e corrente. Assim que o barco ficou logo acima da ancora, fui engatar a marcha a ré já que com o mão não consegui soltar, antes de chegar ao comando do motor o barco se soltou, normal como ainda ventava a força do vento enpurrando o barco foi o suficiente para retirar o ferro do fundo, mas para minha surpresa a ancora não veio, apenas a corrente. Na hora imaginei, minha manilha que era de aço inox quebrou!!!!!!! Eu havia marcado o ponto de ancoragem no GPS como faço normalmente, pensei amanhã venho procurar, pois já era tarde, minha ancora reserva não estava safa e a agua estava marrom, muito escura devido aos ventos.
Na segunda feira no dia seguinte peguei meu bote, 6 metros de corrente, uma garatéia que uso como ancora do bote e fomo lá. Tentei mergulhar, mais no enxergava nem a minha mão. Ficamos arrastando a garatéira presa a corrente, com dois braços para fora do bote que nem um barco camaroeiro, por cerca de 2 hrs e nada, voltei para casa frustado, mas com a certeza que voltaria lá. O GPS que uso é um plotter, e como não havia marcado o ponto antes de descer em terra usei referencias em terra para poder procura-la.
Neste sábado 6 dias depois de ter perdido a ancora, resolvi colocar o bote na agua, chamei meu amigo Ricardo vizinho que sempre mergulha e fomo lá. Achamos por triangulação, mais ou menos a posição que havia ancorado. Ancoramos o bote e fomos nós dois com 4kg de lastro na cintura, roupa de neoprene, pé de pato, mascara caímos na agua, que estava meio suja, mas mil vezes melhor que no domingo quando ocorreu a perda. Foram 40 minutos mergulhando e voltando, incessantemente, eu varria o fundo com os olhos, quando subo a superfície e Ricardo grita "acheiiiiiiiiiiii", nadei até ele que já mergulhou e voltou com ela na mão. Estavamos a uns 50 metros do bote e os dois cabecinhas poderiam ter levado um cabinho com uma garrafa pet para amarrarmos na ancora e resgatar puxando pelo bote. Quando você acha a primeira reação é não soltar para não perder de novo, porque havia muita correnteza, nadamos, nadamos, nadamos, nadamos, e quase morremos agarrados com a ancora. Chegando mais perto do bote meu amigo luis estava na agua, de colete mais sem pe de pato.....foi muuuuuuiiito engraçado, chegamos muito cansados perto do bote e "Luis segura ai que eu não aguento mais", assim que demos a ancora para ele, e ele foi para o fundo "que que eu faço", e rindo muito Ricardo Falou " solta a ancora" e ele soltou ja quase afogado. kkkkkk foi muuuuuuuuuito engraçado. Descansamos um 5 minutos....procuramos mais um dois achamos novamente e colocamos no bote. E o melhor de tudo a manilha qubrada veio junto oque serve de alerta para todos como escreveu nosso Colega Mario Canuto, o inox quebra sem avisar o ferro vai enferrujando, afinando e você ve quando está para estourar.

Ai foi só alegria, tudo é motivo para comemorar abrimos um pró secco e botamos carne no fogo!!!