segunda-feira, 30 de julho de 2012

Estamos em Ilhéus

Olá queridos amigos, seguidores, familiares.......em primeiro lugar peço desculpas por ficar tanto tempo distante do blog, mas o mar exige muito da gente e quando chegamos em terra primeiro precisamos recarregar nossas baterias para depois voltar a rotina normal, e também passamos por Abrolhos, onde não tem sinal de internet nem telefone......e a Maravilhosa cidade de Santo André que também peca pelo sinal de internet, e finalmente agora em Ilhés consigo ter sinal 3G da Tim....que aliás anda me deixando na mão, coisa que com a Claro em 2010 acontecia em menor intensidade, enfim vou tentar agora botar minha caxola para funcionar, para lembrar das histórias e detalhes dos últimos dez dias vividos a bordo do Papá-Léguas.
Vou começar contando nossas peripécias pela nossa estada em Vitória, que aliás sempre foi muito acolhedora, começando pelo Iate Clube, que prepara a famosa Paella em homenagem aos cruzeiristas que participam do costa leste. Só para informar aos interessados o tacho onde é feito a Paella, aumentou de tamanho de 2010 para 2012 e agora tem dois metros de diâmetro, e para nossa enorme sorte, chegamos pontualmente quando os funcionários do clube estavam guardando o restinho que deu para nós quatro comer muito bem, tomamos umas Heinekens bem acomodadas em seus baldes de gelo, e voltamos ao barco para descansar já devia ser tarde da noite........No dia seguinte tivemos a visita da Monica esposa do Pedrinho que foi embora para Cachoeiro como relatei anteriormente. Mas tarde alguns amigos do Gilson vieram conhecer o Papa entre eles Lucas Lima, Tiago, Delano, Itamar e Junior Piloto que presenteou o Barco com especiarias de Ilhas Canárias e um equipamento de segurança. Bom como muitos de vocês da sabem, rola aquela faina, combustível, mercardo, SKOOOOOL, que por sinal e um roubo aqui no Espirito Santo (R$ 2,09) a unidade aiaiaiaiaiaiai, sem querer contar miséria mais em produção industrial acaba dando muita diferença. Encostamos o barco no posto do Iate e completamos os tanques do Papa, e dois galões de 30 litros no convés!!!!
Acabamos por ancorar diversas vezes oque foi um saco, mas bom por outro lado, pois o guincho do barco nunca teria sido testado desde que Gilson o adquiriu, mas estamos ciente que o guincho foi comprado em 2010 em Cape Town na Africa do Sul, na sua última viagem com o antigo proprietário. O Problema foi o seguinte chegamos a noite, fomos orientados com uma certa insistência a parar o barco dentro da piscina, além de facilitar muito o embarque e desembarque ficamos com agua e energia a bordo, não que isso não tenha em demasia. No dia seguinte um funcionário do clube nos avisou que o dono da vaga iria chegar com o seu barco naquele dia. A principio não acreditamos, achamos que era caôô do cara.......e ele estava certo, mas foi no dia seguinte, quando acordamos havia um fast 345 escostado no cais de embarque e desembarque e não era verade....para nossa insatisfação.......bom conversamos com o gerente da Marina no intuito de continuarmos parados na piscina.....mas não havia vagas, apenas no cais norte do lado de fora. E lá fomos nós, manobra perfeita tanto para sair da vaga quanto para entrar na outra. Maaaaaaaaas essa outra ficava no meio de duas lanchas enormes que chacoalhavam que nem touro bravo, espremendo o "bebezão". Papa-Leguas, ficou bastante chateado e nos pidiu que tirassemos ele de lá imediatamente, fomos rapidinho ao mercado embarcamos as compras e novamente com mais uma manobra perfeita colocamos o "bebezão" junto aos veleiros que estavam usando âncoras. No dia seguinte o vento começou a soprar com mais força, como não tínhamos espaço sufuciente para jogarmos a quantidade de corrente necessária para um bom fundeio decidimos novamente refazer a manobra de fundeio, levando o barco para fora do cais que está desativado afim de jogarmos 5 vezes a quantidade necessária de corrente para que a âncora funcione......e para os navegadores que estão lendo, sempre façam isto!!!!!!! NO MÍNIMO, OK.
Novamente tudo certo e o barco balançava confortavelmente, como deve!!!
Bom, decidido em reunião dos comandantes o horário de saída rumo a Abrolhos, cinco horas da manhã para os barcos menores e entre sete e nove horas da manhã para os barcos maiores que andam mais rápido, novamente mexemos no piloto automático, mudando algumas configurações do Rudder com a ajuda do Rogério que nos ajudou com o Inglês na leitura do manual. Ferro para cima e Papaléguas começa a singrar as aguas calmas na saída de Vitória rumo ao maravilhoso Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (PARNAM). Que esta situado entre o sul do estado das Bahia, na altura da foz do rio Gequitinhonha, e o Norte do estado do Espirito Santo, na altura da foz do rio Doce. Trata-se de um plolongamento da plataforma continental brasileira atingindo 200 km nas imediações da cidade de Caravelas - BA, cobrindo aproximadamente 5.600.000 hectares de aréa marinha. A região e subdividida em dois grandes bancos de recifes: os bancos Royal Charlotte e Abrolhos, que são grandes complexos de recifes de corais os maiores e mais divercificados do Atlantico Sul. A região de Abrolhos é conhecida mundialmente como um dos principais locais de produção e amamentação da baleia Jubarte, além disso estudos realizados na região ja catalogaram a existência de 1300 espécies, das quais mais de 260 espécies de peixes, cerca de 100 espécies de algas, 293 de moluscos, 535 de crustaceos, entre outros peixes cartilaginosos, como o Tubarão limão e Tubarão licha, 2 espécies de Badejo também sendo a caso de Meros e Budiões. Fonte ICMBio, instituto Chico Mendes, maio/2012.
Com 31 horas de Navegação onde pudemos ter a satisfação das perigosas visitas das Baleias Jubartes, que rodeiam o barco a todo momento em grupos de dois a tres baleias geralmente. Nosso piloto automático agora já batizado como "Chiquinho" ou "Francchesco" não funcionou tentamos das alguns giros de 360 graus para tentar fazer a calibração da bussola, mais nada do chiquinho nos ajudar, o que torna a viagem bastante cansativa, e a doze milhas do Arquipelago, após Gilson desacelerar o motor afim de não abalroarmos uma Jubarte, o mesmo se recusou a acelerar. Nesta hora estavámos com 13 nós de contra vento, oque atrasaria nossa chegada em algumas horas tornando-a perigosa para ancoragem noturna. Pedrinho caio para dentro da casa de máquinas e começou a faer alguns testes e logos foi descoberto que a quantidade de Diesel que chegará no motor, não era sufuciente. Para encurtar a história improvisamos um tanque externo e ligamos mangueiras de abastecimento e retorno, para chegarmos com segurança em Abrolhos.
Atracagem perfeita. Estamos eu e Gilson a 3 horas botando o tico e o teco para funcionar, e lógico que com trabalho excessivo precisamos pausar as  máquinas, e o texto vai ficar grande demais. Amanhã posto altas novidades sobre nossa estada em Abrolhos, excelente velejada rumo a Santo André, estada em Santo André e mais uma excelente velejada para Ilhéus.
Beijos e abraços

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