quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Morro de São Paulo


Olá gente.......Acabamos de encarar um mar bem sacudido, com ventos fortes, mas sempre vindo de sul, ou seja, para que está indo para o Norte é tudo de bom como diz o ditado "de vento em popa". O Gameio voou baixo desceu as ondas a 9 nós, três delas quase engoliram o barco mas foi muito bom.
Saímos as 8hs da manhã de Camamú enfim é um lugar muito lindo, maravilhoso. Existem três ou quatro passeios para se fazer, o estaleiro de Cajaiba, Ilha da Pedra Furada, Barra Grande, Camamú e Maraú. Precisa deixar o veleiro no Campinho e alugar traineiras que fazem estes passeios, a baia é muio rasa, tem muita corrente, entaum não se pode bobiar. Fomos a Pedra furada de bote mesmo e ontem na terça feira fomos a Barra Grande de Jardineira.....isso mesmo uma jardineira que parecia que estavámos em uma maquina de lavar roupa, mas no lugar da agua tinha poeira. Barra Grande é um lugar muito badalado no verão cheio de pousadas lindas, e um monte de restaurantes à beira mar. Mas como estava fora de temporada estava tudo fechado. Na verdade fomos até lá, porque na segunda feira passei o dia inteiro sem sair do barco. Logo na manhá fui fazer alguns trabalhos que já estavam atrasados, foram eles: trocar a gaiuta do banheiro, colocar o baby stay de volta na antepara que foi consertada em Vitória, e mais algumas coisinhas. Logo chegando na hora do almoço começou entrar um vento sudoeste muito forte, no meu anemômetro as rajadas chegaram a 31,8 nós, e logos os barcos começaram a garrar "soltar as ancorâs do fundo", e começou uma correria louca. Do meu lado de bombordo estava ancorado o Zingaro que somente pela mão de Deus não se acabou espatifado nas pedras. A maioria dos comandantes sairam para fazer passeios e seus barcos ficaram a merce das correntes e do vento que assoviava nos stays dao barco. O Gameio estava fundiado a menos de 4 metros de uma montanha de pedras e piers de concreto. Aguentei umas duas horas sem tirar o olho delas. De repente o Vail do Mony me chama no rádio - "Gameio, você não acha que está muito perto das pedras. Eu respondi que bom que você viu, já estou nervoso porque o vento roncava muito e o Alexandre estava em terra , e sozinho eu não conseguiria tirar o barco, a maré e a corrente eram muito fortes, somados ao vento ficava impossível. No mesmo instante o Vail falou pelo rádio estou indo ai te ajudar a tirar o barco dai. E logo apareceu o botinho. Vail foi para o prôa e puxou a ancorâ, como fazia no seu BB 36. Ancoramos bem ao largo do canal a 12 metros de profundidade, e bem pertinho do Mony.....e esta que foi a grande sacada pois logo fomos jantar o bordo do Mony. Levei um feijão que tinha acabado de cozinhar para me distrair das pedras, e um arroz de carreteiro. Tomamos alguns uisques e ficamos vendo o Gameio navegar em volta de sua âncora.
Aproveitamos a oportunidade para combinar um churrasco no dia seguinte.
Na hora de sair do Mony, é lógico que o meu motor de popa não funcionou e tive de ir ao Gameio com o bote do Mony cedido gentilmente pelo Vail. É lógico que o bote morreu no meio do caminho e tivemos que agarrar no barco mais próximo, e ficar tentando ligar o motor até funcionar. Conseguimos e no mesmo instante saiu o Vail com o bote do Janjão para me salvar, e lógico que o bote também morreu o motor e bate daqui dali pá funcionou entre mortos e feridos todo mundo salvo.
Na manhã seguinte a este ocorrido fomos passear de bote até a Ilha da Pedra Furada. Um lugar mágico cheio de histórias contadas pelo Marciel um caiçara nativo de Camamú que mora sozinho na Ilha desde 2005. Batemos papo por cerca de 2 horas e aprendemos muito com esse garoto que perdeu o pai, que fazio a travessia da Ilha onde ele mora até a Ilha Grande de Camamú, onde se encontra outro vilarejo de pescadores. Ele contou todas as histórias da Ilha, que esconde muito misticismo.
Ao retornar a parada obrigatória era no bar do Regis, que tinha Skol geladíssima e fica na beira da praia.
Conversamos muito com um sujeito local o Raimundo que sabia tudo e conhecia todo mundo, e logo veio chegando uma lancha de 60 pés com o famoso Arpiggio. Uma figuraça que não tem como descrever, só prosiando por umas duas horas você vai saber com quem está converdsando. Todas as pessoas que chegavam vinham cumprimentar e logo ele indagava - como vai a família ta tudo bem ta precisando de alguma coisa.....um sujeito muito simples, e o dono do maior estaleiro de barcos dso nordeste. Pagou cerveja para quem chegasse perto, logo ia falando - num sei quem pega cerveja para os meninos. Demos muita risadas....mas corre pro barco que o vento aumentou.
Comemos muito carne de sol durante nossa estada em Camamú, feijão fradinho, farofa baiana....enfim Cruzeirar o costa brasileira é uma experiência para poucos e muiiiiito boa, cheia de histórias. Sabe aquelas que vemos noglobo repórte? Pois é aqui agente faz a reportagem.
Hoje a noite tem um jantar aqui na Praia de Gamboa aonde estamos fundiados.
Agora ta chegando no final, daqui partímos para Salvador, onde terá um receptivo como encerramendo da primeria metade do Cruzeiro Internacional da Costa Leste. Lá eu descanso um dia e levo o barco para Aratu onde ficará até o ínicio da Refeno. Arrumo as coisas e compro minha passagem para São Paulo. Estou curtindo muito, mas estou morrendo de saudades de tudo e de todos.
Fiquem com Deus e um beijo no caração de vocês.

3 comentários:

  1. Oi cunhadoooo.Ta bão demais viu.cada vez melhor.adorei conhecer essas praias.São lindas mesmo..um super beijo e volta logo,sampa te esperaaaa!!!!

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  2. oi amigos!!!!!!!!!! to cansada!!!!!!!! to de bode!!! de tanto velejar, rsrsrs estamos aguardando vcs aqui em são seba!!!!!vou ate abrir uma skol!!!!! para relaxar!!!!!!

    bj
    sds
    bi e mary

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  3. Olá Rogério,
    Pus um comentário no seu blog (quando na etapa de Santo André) mas parece que não saiu... Lá vai o repeteco: meu marido e eu moramos em Santo André da Bahia há 4 anos, somos amigos do Ronaldo Feitiço (e parceiros na construção dos veleirinhos daqui). Mas o que eu queria lhe falar mesmo é que repliquei os posts de vocês num blog onde escrevo sobre minha experiência de viver num povoado. (www.redefurada.blogspot.com)
    A passagem dos veleiros por aqui é um grande evento, até hoje está dando o que falar. Voltem sempre, abraços e bons ventos,
    olimpia calmon

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